Divagando!

Divagando!

A tarde se veste de tristeza

Lá se vai a poesia,

Próximo ao fim do dia,

A alma é sem beleza!

O vento que sopra a rua,

Varre a folha para além,

Onde não tem ninguém,

E a arvore já é nua!

Outono que principia,

O sabiá se recolhe,

Antes que se molhe,

Nessa chuva fria!

A lua nasce mais cedo

Enfeitiçando o riacho

Nele se banha um guaxo

Pois desse frio não tem medo!

O trilho esta lamacento

Tenho fome, tenho sede

Saudades de minha rede

Chora o cipreste em lamento!

Dito-me no colo da noite

No aconchego de meu lar

Parece barulho de mar

O vento que passa em açoite!

Santaroza