Delírios Setembrinos

Olhares caleidoscópicos

engolindo cores e sentimentos

prismáticos; voláteis incógnitas

e averiguações poéticas e sensações

aristotélicas e embriaguez

em mesas feridas por copos

derramando goles de versos

em cima de corpos e de metáforas.

Momentos pinkfloydicos e blues

sorrateiro e notívago e um jazz

de acordes cromáticos e escalas

alienígenas; música do cosmo

ressoando e ecoando por tímpanos

e os desejos aflorados adormeceram

em florestas de árvores outoniças

onde escrevi meus versos em caules

com canetas de prata e eloquência;

pincéis burilados e uma pena em nanquim

desestruturando minhas estruturas

mas, sou oblíquo em noites sem luar

e, meu sol é fervente nas manhãs esquálidas

então, rego os sonhos com sangue de cordeiro

e os sacrifícios vem e vão, sem pressa

desde os tempos úmidos da Babilônia.

Ah, a poesia me faz delirar incessantemente;

minhas angústias setembrinas deixaram-me em paz

pois, além da inspiração eu tenho seu amor

que apazígua minhas dores cotidianas.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 09/09/2014
Código do texto: T4955148
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