ESPANTALHOS
ESPANTALHOS
Nas esquinas e praças a vida está sendo decepada,
Há espantalhos por todas as partes com suas agulhas,
Sua cor de sujeira característica parece uma etnia,
São seres mutantes de uma sociedade corrompida,
Vivem com a corda no pescoço, mas nunca morrem.
Levam outros para o seu lado em sua legião escura,
Outros espantalhos que começam com fones caros
E acabam com farrapos no corpo feito de restos.
Falam com seu idioma próprio indecifrável aos normais,
Lembram idosos senis em asilos sem suas dentaduras,
São como sapos de bocas costuradas sem coaxar,
Que trazem a magia negra para todos ao seu redor.
Os espantalhos usam terrenos baldios e matagais,
Para o seu vicio alimentar e suas vidas ferrar.
Os espantalhos roubam e espantam a nossa felicidade,
Assim também nosso sossego nos cruzamentos.
Quando teremos paz pela cidade poder andar?
André Zanarella 20-12-2013