O CADERNO E A PENA
Antes era tão comum
Ver a pena deslizar
Sobre as folhas do caderno
E aos poucos visualizar
Uma poesia tomando estrutura.
Hoje raramente vejo essa mesma pena
Escrevendo mais uma de suas obras.
A cena mais comum
É presenciá-la pousada
Sobre o caderno aberto.
O tinteiro já está seco
Ninguém mais o usa,
O caderno e a pena
Estão empoeirados
Abandonados sobre a cômoda.