GRITO DE LIBERDADE
Antonieta Lopes
Retumbante até hoje se ouve ainda
Sonoro, o grito às margens do Ipiranga,
Que vibrando das serras à caatinga,
O Brasil libertou da velha canga.
Em repousando, ao séquito o sol brinda,
Enquanto alguém chegando e da manga
Tira uma carta que não é bem-vinda,
A entrega ao Imperador que a lê e se zanga.
Num ímpeto de homem apaixonado
Pela terra que acende os seus amores
De “Independência ou Morte” deu o brado.
E o rio foi cantando em seus rumores,
Levando aos quatro cantos do almo florado
Os sons maravilhosos, redentores.