UM TRAGO
E toda a euforia que me causa o álcool
E toda a tristeza de lhe abandonar
E todos os carros que cortam o trânsito
E todo o enjôo, todos os problemas.
Eu não sou um santo, tampouco um demônio
Não só tenho sonhos, tenho desencantos
Gosto dos seus peitos, detesto trabalho
Quero fumar um trago, dois, três, um milhão
Eu lhe amo agora. Até nunca mais
Eu queria um dia a mais em sua companhia
Colher as estrelas nos jardins astrais
Eu detesto todos os dias iguais
Dias de frio,
E sinto frio mesmo ao meio-dia
É a sua ausência, é o seu desprezo
Um dia lhe esqueço, outro lhe choro a falta
Quero fumar um trago, dois, três, um milhão
Eu lhe amo agora. Até nunca mais
Mas, se é assim, se mande, desapareça
Mas, se é assim, esqueça, dane-se, morra
Eu fico no álcool, no fogo, no espaço
Esqueça o que eu faço, esqueça o que eu fiz.