Espaços
Um mar sozinho de mim
Escorre pelas tuas ilhas
Repleto de nossas vozes
De outrora.
Inda estais em mim
Enquanto as horas batem incoerentes
No chão
Das impossibilidades.
Mas no coração, amor
Existe um espaço
Que se abre, devagar
Pelos caminhos
Da nossa pele
Para todos os sentidos
Inimagináveis
Que somos.
Caminhemos pelas areias
De nossas praias
Findas de nós
Saudemos o que se reinicia
Com o sol ou com a chuva
De nossos pecados.
Na imensidão da estrada
Pássaros mortos
Também anunciam
Revoadas no céu.