Amor compulsório

Uma obrigação carregava um amor

que agradecido, se deixava levar

dever cumprido, foi feito um favor

agradecida, sem nunca deixar acabar

privaram-se, com o amor sacerdócio

montaram vínculos com as cláusulas

a da obrigatória união se fez um ócio

e aquele imposto laço se fez clausura

nunca houve atrito, nem divergências

também não houve tato, calor ou rubor

insípido, o arrependido pediu clemência

aquilo que se montou não era amor

dentro de rígidas regras se fez o distrato

vazio, sem carinho não se monta fado

não se ocupa coração em comodato

não se vive amor, se o amor for um fardo

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 07/09/2014
Reeditado em 07/09/2014
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