NEGAÇÕES
Estava em cima
Uma garrafa vazia
De outra contida
Que havia deixado
Que ficasse sozinha
Olhando p’ra mim
Como espelho de um bandido
Que nada tinha
Apenas as malandras
E os boemios
Querendo outra noite
Outro tolo
Vendendo corpo
De um copo em outro
Descia ao inferno p’ra lembrar
Depois de dia
Que moedas
Eram taças sempre vazias
O que compra
Não encontra nenhum
Sexto sentido
Toca alguns ainda vivos
Morre na estrada
Partido
Entre o que dele fica
Em cima de qualquer mesa
Se a mesa foi ungida
De rosto lavado
Em bebida
A bebida foi a voz
Dita antes da partida
Se a mulher veio
E dar um prazer
Nada senti
Fui o feliz de espirito
Encarnado
De um mal amado
Que vê na garrafa
E o copo deglutido
Alguns amigos
E uma mulher
Num sonho vazio.
Estava em cima
Uma garrafa vazia
De outra contida
Que havia deixado
Que ficasse sozinha
Olhando p’ra mim
Como espelho de um bandido
Que nada tinha
Apenas as malandras
E os boemios
Querendo outra noite
Outro tolo
Vendendo corpo
De um copo em outro
Descia ao inferno p’ra lembrar
Depois de dia
Que moedas
Eram taças sempre vazias
O que compra
Não encontra nenhum
Sexto sentido
Toca alguns ainda vivos
Morre na estrada
Partido
Entre o que dele fica
Em cima de qualquer mesa
Se a mesa foi ungida
De rosto lavado
Em bebida
A bebida foi a voz
Dita antes da partida
Se a mulher veio
E dar um prazer
Nada senti
Fui o feliz de espirito
Encarnado
De um mal amado
Que vê na garrafa
E o copo deglutido
Alguns amigos
E uma mulher
Num sonho vazio.