VULGARES
 
Seu deboche
Estes insultos
Cuspidos no vidro
Me dão mais prazer
Do que pensa que
Vai ter
A noite bebe luas
E aguarda o sol
Deitada na rua
Venha
Vamos ser as estrelas
Podemos se-las
Escolha a sua
Vênus lhe caem bem
Prefiro escorpião
Com sua cauda sedenta
Agarro-lhe os braços
Prendo seu doce
Meigo fetiche
Num veneno hardcore
Soltando teus
Cabelos ao vento
Pra que possa
Me socorrer
Quando não tiver
Mais suas estéricas
Loucas vestes
Que permitam
Abordar os outros
Quero o pouco
Guardado
Que fica bordado
Junto as tímidas
Fogosas saídas
Quero entrar
Sem pedir licença
Minha cauda sedenta
Vingará sua doença
Esta fria menina
Perfeita vítima do espelho
De manhã sabia
Que a noite caia
Desejos sobre ela
Não fique parada
Na esquina
Não tome a direita
A esquerda
Não tem saída
Tome meus lábios
Minha calça sem sinta
Pra que não tenha pressa
No banco de tras
Teremos mais paz
Perto de um lago
Estrelado
Nossa boate é uma festa
De mato e ondas sonoras
De margem.