ESTRANGEIRO
Estrangeiro,
as ruas estão desertas,
se às portas bateres,
nenhuma se abrirá,
ainda mais que tu és,
estrangeiros d'além mar.
Tuas vestes e cabelos,
tuas sandálias e barbas,
tuas palavras e mirar...
estrangeiro por quem indagas?
Ouvistes falar de Helena ?
Helena a bela Helena ?
Vens de longe, para vê-la de perto,
é senhora de grande beleza.
Falaram-te do seu reino ?
Que tem riqueza à vontade ?
castelos,prendas e ouros,
bom vinho e felicidade ?
Que mais falaram-te estrangeiro ?
Que entrais em nossa cidade ?
Que o povo era bom e pacato,
Que as mesas eram todas repletas,
descaminho cá era ausente,
e nos campos fartos de frutas,
onde todos trabalhavam contentes,
muitos e muitos diziam,
desse Éden, foi expulsa a serpente.
Ouvistes falar de Helena ?
Helena senhora de toda essa gente ?
Helena, Helena tão bela,
Helena já não impera.
Julga-me louco estrangeiro,
quisera sê-lo.
se a loucura de um pobre servo,
salvasse um mundo inteiro.
Não insista estrangeiro,
ninguém mais há além de mim nessa praça.
Helena era justa e boa,
e foi condenada a vagar
por um pecado a toa,
coisa pequena,
vulgar.
De amizades com senhora do futuro,
cujo passado obscuro,
carece de desvendar.
O lenço foi a questão,
a morte a solução,
para vingar a traição.
O mouro estava vingado
o seu brilho, rebrilhado,
o seu nome, com sangue,
fora lavado.
E nas ruas da história,
vagueiam ambas indiferentes:
uma atrás, outra na frente.
Os deuses tiveram pena,
(Que a morte é cruel e apavora),
a da frente é Helena,
conhecida por ser de Atenas,
a de tras
é a Desdêmona
do mouro Otelo.
Seus servos desprotegidos,
pedem todos caridade,
não aceitam reis de alhures,
pois o reino de Helena,
foi sempre reino unido.
Não sei como será.
Julga-me louco estrangeiro ?
Quisera sê-lo,
se a loucura de um pobre servo,
salvasse um reino inteiro.
Sê bem vindo a minha casa,
comei,bebei,tomai vinho,
chorastes a morte de Helena,
já não és mais estrangeiro.
Estrangeiro,
as ruas estão desertas,
se às portas bateres,
nenhuma se abrirá,
ainda mais que tu és,
estrangeiros d'além mar.
Tuas vestes e cabelos,
tuas sandálias e barbas,
tuas palavras e mirar...
estrangeiro por quem indagas?
Ouvistes falar de Helena ?
Helena a bela Helena ?
Vens de longe, para vê-la de perto,
é senhora de grande beleza.
Falaram-te do seu reino ?
Que tem riqueza à vontade ?
castelos,prendas e ouros,
bom vinho e felicidade ?
Que mais falaram-te estrangeiro ?
Que entrais em nossa cidade ?
Que o povo era bom e pacato,
Que as mesas eram todas repletas,
descaminho cá era ausente,
e nos campos fartos de frutas,
onde todos trabalhavam contentes,
muitos e muitos diziam,
desse Éden, foi expulsa a serpente.
Ouvistes falar de Helena ?
Helena senhora de toda essa gente ?
Helena, Helena tão bela,
Helena já não impera.
Julga-me louco estrangeiro,
quisera sê-lo.
se a loucura de um pobre servo,
salvasse um mundo inteiro.
Não insista estrangeiro,
ninguém mais há além de mim nessa praça.
Helena era justa e boa,
e foi condenada a vagar
por um pecado a toa,
coisa pequena,
vulgar.
De amizades com senhora do futuro,
cujo passado obscuro,
carece de desvendar.
O lenço foi a questão,
a morte a solução,
para vingar a traição.
O mouro estava vingado
o seu brilho, rebrilhado,
o seu nome, com sangue,
fora lavado.
E nas ruas da história,
vagueiam ambas indiferentes:
uma atrás, outra na frente.
Os deuses tiveram pena,
(Que a morte é cruel e apavora),
a da frente é Helena,
conhecida por ser de Atenas,
a de tras
é a Desdêmona
do mouro Otelo.
Seus servos desprotegidos,
pedem todos caridade,
não aceitam reis de alhures,
pois o reino de Helena,
foi sempre reino unido.
Não sei como será.
Julga-me louco estrangeiro ?
Quisera sê-lo,
se a loucura de um pobre servo,
salvasse um reino inteiro.
Sê bem vindo a minha casa,
comei,bebei,tomai vinho,
chorastes a morte de Helena,
já não és mais estrangeiro.