MORENA COMO ELA
(Sócrates Di Lima)
Na tarde que desmaia em meu olhar,
Fito o céu avermelhado....
Misturado no ouro amarelar,
Qual me deixa extasiado.
Volvo meu olhar para meu interior,
E a encontro no neste momento,
Nada me seria melhor,
Do que ve-la no meu pensamento.
É como uma tarde de setembro,
No céu de Ribeirão,
Como tantas tardes que me lembro,
Está tarde mexe meu coração.
E assim, na minha passarela,
Desfila os olhos negros em céu aberto,
Morena como ela,
Hora me encanta, por certo.
E assim começa e termina minha tarde,
Numa suave brisa que me acaricia,
Sinto como se mãos de uma saudade
Que por certo não sentia.
Hoje então lhe escrevo um poema,
Depois de algum tempo do amor suspenso,
Vaguei com a alma sem este tema,
Via-me mudo, na surdez do meu silencio.
Ah! Que me cativas com este teu sorriso largo,
Com esse teu jeito sempre alegre de ser,
Com tantos intempéries, tens um doce afago,
Tanto e o bastante a me convencer.
E se Eu, quero a cada momento te ver,
Vontade não me falta no tempo que me dou,
Mas, tudo pode acontecer,
Qualquer dia, qualquer hora, e vou.
Ver então esse sorriso de luz assim tão perto,
Que mistura essa alegria em tardes em colinas,
Tens a cada dia me conquistado, por certo,
De certo, sem programar, sairei pelas Campinas.
Espera-me sentadinha,
Não se canse e nem fique em vigilia na janela,
Prometo que qualquer dia demanhanzinha,
Irei ao teu encontro morena cor de cravo e canela.