Podridão
Não quero ser adequada
Comportada
Ando ruas e sinais adentro
Por caminhos impróprios
De políticas rotas
E amores de botequins.
Há um pássaro caído
Na podridão do asfalto quente
E as mãos do mendigo
Ferem
As solidões procrastinadas
Da burguesia bêbada
Sem exatidão.
Não quero ser adequada.
Limitada.
Pássaro que nasce preso
Desconhece
A imensidão pobre
E podre do infinito.