Flores Sensuais! - VIII

Para que colocar dificuldades

Quando a olhos vistos, são brilhos,

Que escapam pelo corpo trêmulo,

Veja as batidas aceleradas,

Tal o calor, o suar pelas mãos,

Sente o corpo tenso, teso, sísmico,

Pede por fugas, algum silêncio,

O olho desvia, mas retorna denso,

Põe tempo nas coisas, mas volta,

Aproxima-se com versões, músicas,

Toma algum emprestado, novas águas,

Toma mais um gole, pede um cigarro,

Sabe que há bom ouvido, paciência,

O olhar que compreende a desforra & a farra,

Sem cobrar, nem impor nada, apenas mira,

Se fala um pouco mais duro, tem boas intenções,

Por bem querer, pensar positivo, melhor ver,

Do que toca, sabe que incendeia, vibra,

Respeita a distância, mesmo na distância,

Quando pede atenção, também tem motivos,

Repensa cada momento de modo especial,

Chora no próprio canto sem mostrar lágrimas,

Mesmo sem esperar certezas, apenas esperando,

Leva a vida como pode, com o que tem,

Planeja alegria, sonhos & possibilidades,

Encara a realidade seja qual for a pena,

Faz por lazer todos os atos do dia & da noite,

Para ter sempre um sorriso estampado no rosto,

Amarguras põem em caixas distintas & resolvidas,

Diminui as diferenças com maior perseverança,

Mal dá ouvidos aos estúpidos,

Esse nunca terão nada mesmo, só a própria idiotia,

Tem um olhar fixo no bom da vida,

Para melhor tocar essa vasta navegação,

Ama com intensidade sem fazer diferença,

Apenas pede respeito até para as fraquezas,

A mão que toca a pele para proporcionar um gozo,

É a mesma que acalanta essa solidão tão fiel!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 21/05/2007
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