EROTIK
 
Ela desliga as luzes
Pra que apenas a sua
Seja meu guia
No escuro
Um túnel de agonias
Querendo sair
Deita-me no macio
Vazio entre lençois
Cobre pra não
Me ver excitado
Excita-me
Pra se ver excitada
No espelho recôncavo
De um quadro
Pintado
Que vira fantasmas
De dois vultos semi-nus
Enquanto um
é o mesmo olha
Retira toalha
Já molhada
 suor do melindroso
que assegura
seu algoz pessoal
p’ra deixar todo mal
a vontade dela
entre as frutas que cortava
havia algumas
que comia
me olhando
coloca-as sobre mim
mescla o sabor
derrama chantily
faz amor com
 minha cara metade
enquanto
a outra metade
sobe p’ra explodir
explode a visão
do fim da caverna
abra as janelas
vamos agora voar
esperar
o encontro
de outro verão...