JOGO DE CHARME
 
Ao vê-la
Temperando as visões
De todos
Quando bebia
Bebiam o beijo
Deixado entre
você e o copo
Todos ali queriam
Roubar-lhe este
vaso contido de flores
Lamber as gotas
Deixadas
Do choro ardente
quente como ácido
Deglutir seu máximo
permitido
Chega devagar
O garçon ainda
Tímido
Deixa cair um recado
Papel dobrado
Num perfume avulso
Qual curso
meus olhos
Deverão navegar
Observa um moço
Que devolve
Pouco a pouco
O que risadas mentem
Entre seus amigos
Serei seus amigos
Como querem
Uma diaba madura
 A malícia esperando
Aventura
Um caso qualquer
Prefira visitar
Meu canto
Que canta virgens
Possuídas
E anjos tossindo
Sangue
Depois de
enlouquecerem
Use esse saibre
Que abre as
lacunas do meu inferno
Abuse do pecado
Queime no verão
Adocicado
Quero o mesmo sabor
Que sentiu ao me ver
Vim num azul
Permitindo esconder
O que há
entre as pernas
a mostra
é minha aposta
suba e verá
que eu derreto
um pouco de mim
no que gostas.