Poema

Quem quer ser um cego

Que vaga no mundo dos sonhos?

Ou um velho sujo e ébrio

A cantarolar seus desejos tristonhos?

Quem quer ser a noite?

Essa nobre e fina dama.

Que apetece o fascínio do açoite

E coloca as crianças na cama.

Agora eu sou meus versos dispersos

Que querem existir e insistem

Ressoam por dimensões do meu próprio universo

Mas, depois de presos no papel, desistem.

Querer parecer ou ser

É uma obra incessante da imaginação

E em todo instante queremos mais

Do que o que temos nas mãos.

Felipe Alves Freitas
Enviado por Felipe Alves Freitas em 02/09/2014
Reeditado em 02/10/2014
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