Transitório

Corpo enfermo deitado na cama/

Olhando queimar a bagana/

Num giro de momento/

Lembrando do glamour/

De quando andava/

Por aí/

Com muitas mulheres/

Muito dinheiro/

Muitos coquetéis/

Irresponsabilidades e corrupções/

Festas e drogas/

Valores imorais, prazeres sem pudores/

Tatuagens mirabolantes/

Vícios constantes/

Agora quando a vida perde a cor/

Quando a solidão bate a porta/

O medo não é a única dor/

E o desespero que cerca/

Não é o último limitador/

As forças esvaem-se com a vaidade/

Nessa intimidade/

De parede/

Muros/

E alma/

As vezes nos damos conta/

Que estamos indo/

Sozinho/

Assim tudo passa/

Seja na devida etapa/

Seja sob farsa/

Seja de que forma for/

A eternidade na praça/

Só é vista/

Quando há o verdadeiro amor/