Vou morar no mato
Não vejo a hora
De ir embora
No mato Morar
Longe da poluição
De fila e ostentação
De quem tem o que esnobar
Aqui tudo é pago
Água, luz, tudo é caro
Até amigo é virtual
Lá no mato é diferente
Amigo é como a gente
Que se conversa e ver
E vai junto à pescaria
Bebe pinga, faz cantoria
Faz da lua companhia
Na hora de prosear
Alimento tem de graça
Caju, pequi, bacuri
Jaca, manga e Araçá
Se você acha pouco
E quiser dançar
Convide um sanfoneiro
Jogue água no terreiro
Que é pro barro encarcar
Ai você vai ver
O forró ferver
Até o dia raiar