Nirvânico
 

Dê-me suas raízes
em flores,
breves pétalas em infindos
desabrochares.
E eu trarei a chuva
dos céus perdidos
das correntezas azuis
e os sóis das serras
das mesmas terras
em que desflorados luares
foram colhidos.
 
Cresce a manhã
(subindo pelas hastes)
da fundura da terra
contra a caligem dos tempos.
Ah, e essas flores rompendo-se
pelas tundras e caliches
desfazendo mares de areias circumpolares
tecendo outros firmamentos...
É um vento cálido que me chega
da  língua fogo do poeta,
um Sol (Maior)
como um poema beijo.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 02/09/2014
Código do texto: T4946795
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