És pura canção
Quando toco teu corpo desnudo, abstraído,
Imerso nas divagações a que então me lanço,
Das agruras desta vida, encontro o remanso
Onde mergulho absorto, ora atento, ora distraído.
De teus membros extraio acordes, os mais vários,
tão sutis que só eu consigo ouvir, em meus devaneios,
quando repouso a face e os ouvidos sobre teus seios,
e dedilho teu corpo como se fosse um Stradivarius.
Teu coração ressoa em meu peito como um bumbo,
quando no istmo de tuas coxas enfim me lanço,
Na placidez de teu ventre encontro o descanso,
Há tanto tempo ansiado nestes anos de chumbo.
E divago por teus pés e mãos e imerjo em teu sexo,
Sentindo-o acolher-me em seu pulsar fremente,
Já não mais dono de meu juízo, faço-me demente,
Envolto na canção que ora entoas, em teu amplexo.
Quando toco teu corpo desnudo, abstraído,
Imerso nas divagações a que então me lanço,
Das agruras desta vida, encontro o remanso
Onde mergulho absorto, ora atento, ora distraído.
De teus membros extraio acordes, os mais vários,
tão sutis que só eu consigo ouvir, em meus devaneios,
quando repouso a face e os ouvidos sobre teus seios,
e dedilho teu corpo como se fosse um Stradivarius.
Teu coração ressoa em meu peito como um bumbo,
quando no istmo de tuas coxas enfim me lanço,
Na placidez de teu ventre encontro o descanso,
Há tanto tempo ansiado nestes anos de chumbo.
E divago por teus pés e mãos e imerjo em teu sexo,
Sentindo-o acolher-me em seu pulsar fremente,
Já não mais dono de meu juízo, faço-me demente,
Envolto na canção que ora entoas, em teu amplexo.