AFRODISIA
 
Vamos dançar
Uma música antiga
Nossa amiga
Também devera
Estar convidada
Ela vem vestindo-me
De outro modo
Não me vê
Em espelho algum
Desvia o olhar de você
Tenha você
Causado distância
Das coisas que ela quer
Esta rosa branca
Que arrancas
Os espinhos
Quer arranhar
Também alguém
Posso ser este destino
Digo num olhar fixo
Ela me fita
De calças apertadas
De um preto vistoso
Blusa clara
Efeito de que quem
Encara-me como
Fêmea que ataca sem voz
Nada entre nós
Durou pouco
Minha faceira
Beijou teus  lábios
Devorou orelhas
Fazendo centelhas
Rumarem na neblina
Escaldante
De síliios piscantes
Que depois se tornam
Selvagens demais
Os sábios dizem
Da virtude sobre a mulher
Cada uma delas
Nos quer
Mas entre elas
Somos a teceira pessoa
O caso casual da vingança
Que quer e alcança
A vontade de ser
Dominada
Enterrada
Vista por dentro
Num epicentro
Quem dita as regras
Se lamenta
P’ra ouvir ele feroz
Dizer
Dominei a maligna
Quebrei seu feitiço
Adorei seu jogo
mesmo que ela minta...