ME DISTRIA ÀS MINGUAS

 
Venho buscar
Um pouco deste amor
Que dorme
Nestes olhos vagos
Vou entrar postar
Uma carta
Num lugar que não gosta
Faça sua aposta
Deixe o medo vingar
Depois em meus braços
Qualquer fracasso
Tentará me violentar
Me excito já
Desde o incio
Quando invoco
Este divórcio consigo
E te trago mais amargo
Esse "eu "contido
E sem pecado
Quer cometer comigo
Pegue meus cabelos
Nesta força
Que requer a força
Que contém toda raiva
o homem por debaixo
desta insígnia mortalha
escala minha muralha
de larva escorrida
meu sangue claro
derrete vida
quando chegar à ferida
sugue a essência
da seiva desta flor
escondida
que por dentro enlouquece
aquece o lado escuro
retire o escudo
de linho
que não me protege
quase nada
fique no caminho
deixa tuas mãos acima
sem que eu respire
o frio que vais sentir
é quando minha alma
invadir-te pela
mesma boca que me ofende
me prende
não me deixa sair
até que outros venham
batam na porta
encontram-me morta
de um tesão valente
caiam perdidos
pássaros feridos
de uma razão dolente
amam-se agora
na orgia senhora
que nos guia
até o amanhecer.