Balcão de Madeira
Sexta-feira quero madrugar
dentro de um copo de whisky.
Escondido entre dois cubos de gelo,
submerso num copo alto e cheio,
abandonado em cima do balcão do bar.
O vidro suado por sobre a madeira,
o suporte dos ébrios, sem beira.
O balcão é o travesseiro
dos que amam sem fronteira.
Me esqueça entre as prateleiras,
no auge da sexta feira,
cercado de vários tons castanhos
engarrafados de poeira, de ilusões,
de grandes soluções derradeiras.