Balcão de Madeira

Sexta-feira quero madrugar

dentro de um copo de whisky.

Escondido entre dois cubos de gelo,

submerso num copo alto e cheio,

abandonado em cima do balcão do bar.

O vidro suado por sobre a madeira,

o suporte dos ébrios, sem beira.

O balcão é o travesseiro

dos que amam sem fronteira.

Me esqueça entre as prateleiras,

no auge da sexta feira,

cercado de vários tons castanhos

engarrafados de poeira, de ilusões,

de grandes soluções derradeiras.

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 01/09/2014
Código do texto: T4944871
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