QUIMERA (31/08/14)

Ah, essa essência absurda...

Contrária à razão

Bom senso não me engana,

Não me seduz

Tenho atitudes absurdas,

Insanas

Intensas

Que dilaceram as regras da lógica

De ser

De viver

De sentir

De amar

Ah, esta volúpia de ser

Que me domina

E desatina...

Dá-me prazer

Delicio-me...

Mas não me satisfaz

A fome não passa...

O desejo não cessa...

Danem-se as leis da razão

Sou irredutível a elas

São algozes

Celas

Cúpulas

Corro,

Fujo de condições determinadas

Porque futuro anunciado não me interessa

Que coisa absurda!

Não sou refém!

Ao menos nas entrelinhas

Minh’alma corre solta

Livre... Desmedida

Despudorada

Absorvendo o prazer dos sentidos e emoções

Essa luxúria de escrever me fascina

Te fascina

E domina,

Corpo

Alma

Pensamento

Revelando o que os olhos não podem ver

Tornando minha pele mais sensível e receptiva

Há um encanto em cada linha

Uma entrega...

De tentar expressar o inconcebível

Um sonho

Imaginação

Que se busca realizar e possuir

Algo ou alguém almejado

Apenas utópico

Então paro...

Por hoje bastam tantos desatinos

Utopias... Quimera

Alessandra Benete
Enviado por Alessandra Benete em 31/08/2014
Código do texto: T4944190
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