Fadiga
com o peito aberto ao vento
pés no chão, ando devagar
fértil o solo da imaginação por onde piso
nunca me ajoelhei para um pedido
da vida não esperei o trazer
sem limites, longe, o meu desejo é seguir
por certo as vezes me senti perdido
teimando nas táticas do que fazer
a cada linha do horizonte que ultrapasso
lanço os olhos para o infinito
benta emoção,
certo e pecado,
razão ou errado
meu leito coberto por lençóis de retalhos esdrúxulos
meu sono se deita nos sonhos dos sonhos dos justos
um dia em algum lugar
se um amanhã não chegar
se insiste em existir ou existiu
encontrar?
não sentirei o receio do grito ou do silêncio
que poderão vir do nada
pois sou conhecedor de que tudo acaba