O POETA CÍCLICO
lílian maial
O sol me penetra
com a violência do fogo
e a abrangência da luz.
Aquece-me ao evaporar-me.
Volto nuvem
em céu de tempestade
e chovo.
Alago ruas,
transbordo rios,
inundo mentes secas,
preparo o solo,
fertilizo.
Planto-me!
Cresço forte,
raiz e caule,
respirando fotossíntese
de versos verdes,
floresço.
Desabrocho
em trovas e sonetos
e alimento de pólen a primavera,
multiplicando, espalhando vida.
Viajo no vento
e pouso na terra prometida,
páginas de poesia não lida.
Aguardando que o sol
novamente me penetre.
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lílian maial
O sol me penetra
com a violência do fogo
e a abrangência da luz.
Aquece-me ao evaporar-me.
Volto nuvem
em céu de tempestade
e chovo.
Alago ruas,
transbordo rios,
inundo mentes secas,
preparo o solo,
fertilizo.
Planto-me!
Cresço forte,
raiz e caule,
respirando fotossíntese
de versos verdes,
floresço.
Desabrocho
em trovas e sonetos
e alimento de pólen a primavera,
multiplicando, espalhando vida.
Viajo no vento
e pouso na terra prometida,
páginas de poesia não lida.
Aguardando que o sol
novamente me penetre.
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