Quando entrar Setembro
Fim de tarde
E não paira o vento
Em meus cabelos
De outrora.
Venho de teus naufrágios
Das rosas que roubastes pelos caminhos
E chegastes aos meus pés
De mãos vazias
Das perdas de agosto
Dos dias somados
Nos quereres sem mim
Mas a tua voz cálida
Ainda permanece em meus ouvidos.
E as estações fogem amor
Já não há mais tempo
Para tudo.
Quando entrar o sol setembro
Abre todas as portas e janelas
Da tua casa
E deixa entrar o aroma das flores
Pelos caminhos de mim.
Estou inteira em tuas mãos
Nas horas plenas de nós
Entre nós
E a força do querer
Que faz o encontro
Silencioso
Das almas.