Um Devaneio de Importância que Quase me Esqueci
Havia na beira do caminho uma flor rosa,
não daquele rosa clarinho das rosas de jardim
e, nem daquele rosa escurecido sinistro
da rosa da campa em um túmulo de soldado;
soldado de guerra enfurecido, entorpecido...
Do ópio fácil do Afeganistão;
soldado que mais um, morreu em vão
como aquele esquecido no Vietnã...
E quem sabe Eu seja um soldado do amanhã,
defendendo ideais fúteis de guerras
sendo quê, deveríamos como hóspedes
protegermos e amarmos a nossa Terra;
mas, sou quem sabe um louco utópico
que vendeu o relógio da vida na partida
que causou na história uma ferida
daquelas como a lepra ou um tiro de canhão.
Sou quem sabe ou já fui a peste negra
como as bombas que mantém a realeza
dos governos em acordos de peleja
de um povo que já tá fatigado de sofrer e não morrer.
Mas sei que sou parte de tudo mesmo não querendo
e o veneno da ganância fabricado no sereno
de noites torpes esquecidas dentro da ferida do tempo
cicatriza e ameniza as lembranças de outros tempos.