RÚBRIA 
 

Um belo singular
Numa estrada
Quase fantasma
É outra chance
P’ra que eu possa violar
estes dias "cansados
de vítimas"

Deixei as luvas na porta
Um olhar disfarçado
O homem de lá
Quer me ver
Tenho todas elas
Dentro de mim
Se me quiseres
Estarei vistando
O aroma
Transpirado que não fala
É na antesala
O acolhedor sofá
Diante do profeta
De um amor
Que a carne
Se faz esplendor
Nenhum rancor
De ser usada
Procuro os destinos
Que vieram até aqui
Procurar outros
Vestidos de seda
E nuas sobrepeles
Que dançam ao
Sabor do ventre
Coberto de meias finas
castanhas
Até  íntima parte
deixa intimidade ferver
as entranhas
minha nova pele desfia
alva-morena
se escondia de todos
p’ra que os mesmos
se tornem loucos
e me levem p’ra ver
o quarto de uma dama
deitada numa cama
molhada
que o prazer venceu
adormeceu
pra morrer da
dor feliz
quero os mesmo sucos
das frutas mordidas
de loucura cuspida
dos lábios dela
no lençol
mastigado
sofrido de amor
me leve ao sabor
que ela sentia
assim minha ira
dormirá
sendo uma guerra fria
p’ra acordar
querendo viver de novo.