POR AMOR IGUAL

Até que a saudade dobre a esquina
do tempo, estarei vestido de preto,
o preto do luto. O preto da noite
sem lua. As dores que a vida me destina
não as manterei vivas como açoite,
nem as sangrarei como carne no espeto.

Apenas vestirei de preto o meu coração,
em homenagem e respeito ao esforço
que ele fez para que eu fosse feliz.
De minha boca não ouvirás oração,
nem lamento. Dei-me tudo o que quis!
E, outra vez, por amor igual, eu torço.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 29/08/2014
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