Poema-Profético-Apocalíptico
Eu vi leões nas cordilheiras dos meus sonhos,
eram leões de ouro e fogo e mil rugidos
que estremeciam até as almas distantes,
que se enveredavam pelas encostas do Megido.
Eu vi arcanjos no firmamento dos meus sonhos,
anjos armados com suas espadas e trombetas
que ressoavam nos quatro cantos do planeta,
que anunciavam tempo de sangue e de dor.
Eu vi demônios em bacanais fazendo amor,
eram suplícios, milhões de vícios, escravidão,
que devastavam seres impuros de coração,
que anunciavam o tempo do Apocalipse.
Eu vi uma fenda que abriu-se no céu,
dela surgiram cavaleiros vestindo a morte
de suas espadas saiam imensas labaredas,
portavam nas mãos as chaves das novas veredas.
Eu vi um homem que surgiu em vestes de luz,
na sua barba fulgiam signos cabalísticos,
nas suas mãos um cetro e uma foice de ouro
a separar seletamente o trigo do joio.
Eu vi no tempo o final dos tempos acontecer
e houve trevas, e houve guerra no anoitecer,
e eu ouvi gritos, vozes de suplícios a perecer
antes do tempo da boa nova alvorecer.