EROS MORTAL

A esbelta

Visitava o doente de amor
Que seu calor
Fatídico gritava
Aos ouvidos
Sem improviso
Beijava
Outra ainda mais
Linda
Que o corpo se perdia
No mesmo volume
 Olhos de vagalume
Do ferido por cantar
Solitário alguns dias
Voltava a noite
P’ra caçar sua agonia
A que outra descança braços
Entre as pernas másculas
Do calibre de
Um tiro só
Permanecia ofegante
Das mão atadas
Outras abraçadas
Queriam parece
Arrancá-la
Trazer seu rosto
Num lento encontro
Enquanto outro
Era o sufoco
Que a vibrava por trás
Desce os passos de afrodite
As rosas jogadas
Que arrancadas
De lábios que agora
sangram
Pra receber
Toda oferenda
Depois das ninfas
Sorverem a água
De lavanda
 E os perfumes baratos
Quer todos eles
Num prato
Regado a prazeres
Fervidos na impureza
Como a rainha condessa
Abrigava-se num banho
Das puras
A minha cura traz
Destemidos
E medos antigos
Dos tolos
Ascendam o fumo
Que não queima
Num pouco de vontade
Que arde
Antes de me conhecer
Por dentro
O centro me quer mulher
Me cobrirão
Com as mesmas roupas
Que loucas se aguaram
Por estarem perto
Demais
Da volúpia
A última será a que
Todas queriam
E ela quer o que todos
Tem...