INCANDESCENTE
A feliz tristeza da realeza burra
Vivendo da imagem do caos
Onde o certo erra o alvo e urra
E o bem se junta ao servo do mal
E a pobreza do coração abastado
Vivendo de grãos brancos finos
Abastecendo as vias anasaladas
Enquanto o fiel queima pedras em sinos
A loucura me diz o quanto vale
A lucidez do herege alucinado
O sangue que repousou no cálice
Ferve nas veias do falo inchado
Me diz, me diz o que é o fim?
Me ouve quando eu disser sim!
Agora tira a pele e olha pra mim
Eu me dispo do inferno e digo sim
A lâmina que corta a lingua acesa
Mostra o poder da livre indecência
E quando a sua alma estiver presa
A morte lhe trará vida com certeza