DE VESTIDO
Assombra silhueta frequente,
Nas noites insones observo.
Seu vulto, no dia, carrego:
Movimentos quase insistentes.
Não me faz tanto mal,
Concordo!
Me atiça, pede inspiração.
Não cobra parte de meu coração,
Mas brinca com minha razão,
Diz fazer carnaval.
E nesta valsa sem cadência
Vejo vestidos e lingeries.
Não sou menestrel das volúpias,
Porém escrevo pra ti.
Peço que se revele,
Tenha-me seu escravo.
Só ouça meu pedido:
Façamos tudo que quiseres
Sem tirar todo vestido!