DE VESTIDO

Assombra silhueta frequente,

Nas noites insones observo.

Seu vulto, no dia, carrego:

Movimentos quase insistentes.

Não me faz tanto mal,

Concordo!

Me atiça, pede inspiração.

Não cobra parte de meu coração,

Mas brinca com minha razão,

Diz fazer carnaval.

E nesta valsa sem cadência

Vejo vestidos e lingeries.

Não sou menestrel das volúpias,

Porém escrevo pra ti.

Peço que se revele,

Tenha-me seu escravo.

Só ouça meu pedido:

Façamos tudo que quiseres

Sem tirar todo vestido!

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 27/08/2014
Reeditado em 27/08/2014
Código do texto: T4938910
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