AMARGAS MINHAS DEIXOU
 
Queimou um pedaço
De todo sentido
Amigo que desfaça
A magia de ser amigo
Do infinito
Que andava comigo
Alegrando-me
Fazer de mim
Uma fada entre os outros
A madrinha das
Aventuras
Onde o colorido
Era estar no verde campo
Deitada sobre
Quem agora
Vejo nas cinzas
Que voam longe
Se alcançar as nuvens
Do céu
Diga a Deus
Que o pecado busca
Mais que desafiar
Sua criação
Que nasceu por vezes
Na inteira pasme
Idolatria de coração
E não quer vigiar
O devir de sofrer
Que volta dias e noites
Querendo buscar
Ele de volta p’ra mim
Velhos cacos quebrados
De um vaso
Símbolo sagrado
Que nasceu outroras
Benditas
Entre margaridas
E um beijo
Que vinha trazendo ele
Como  taças delicadas
Que se tocam
Por mãos amadas
Nada importava
O som triste da música
Pedia cerejas
Mescladas pelo doce
Mel dos lábios
Que agora são lábios
Fugidos
Tudo fica vendido
Querendo explicar
Ela quer ir ao limite
Das entregas
Que a superfície
Trás cega
E não torna ninguém
Refém
Daquilo que consagra
O que aquelas mão dadas
Lembradas mantém...