Meu Túmulo 

Beijo a cortina de carne dos lábios 
Nos dentes tenho o gosto de terra

A cadeia da língua, no muro da voz
No cárcere da minha saliva poluída  

Prendi o grito no silêncio da múmia 
E no rosa da rosa deixei o perfume

No túmulo, acumulo a saudade fria
Na fantasia, o homem serviu ao lobo

                          José Geraldo Corrêa 
                                  Rio, 26/08/14
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 26/08/2014
Reeditado em 10/12/2016
Código do texto: T4938054
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