RETRATO FALADO
(Sócrates Di Lima)
Ao pé do meu oratório,
Invoco-te em pensamento,
Como se num confessionario,
Abro-me em sentimento.
Recolho-me ao meu interior,
Coloco-te á minha frente,
eu, de joelho,
como se frete a um espelho...
Com um querer maior,
Retratos sobre a gente.
Hoje você não me ama,
e eu não te amo também,
mas, podemos manter acesa esta chama,
que nos levará muito além.
construiremos um amor alicerçado
pelo desejo que agora vivemos,
dois enamorados,
pelo carinho e ternura que externamos,
pelo gostar um do outro, que já temos.
Quero que saiba,
o meu amor é simples assim,
O desejo que sempre caiba,
Em ti, em mim...
Meu amor tranquilo
e selvagem ao mesmo tempo,
meu amor é de estilo,
um amor que eu sei dar
porque quero receber na proporção que dei,.
Para nunca acabar...
a destempo,
Como tantos que acabei.
Para mim, o amor é uma troca participativa,
algo pessoal e com uma particularidade.
Uma fórmula sempre ativa.,
Cheio de tantas especialidades.
se ao longe minhas mãos não alcançam o teu rosto,
meu pensamento vai até ti e te acaricia,
Na janela onde a brisa fez meu gosto,
Nas contínuas viagens, vicia.
E leva a ternura que minha alma pode te ofertar,
na distancia dos nossos corpos querentes.
Como uma dádiva de amar,
Confesso,
em retrato falado,
quero te amar como nunca dantes,
Peço....
Espera-me,
Estou chegando...
hoje, paciente-te...
Amanhã vou estar te amando.