Se eu pudesse...
Se eu pudesse voar estranhas borboletas,
e sair perdidas folhas ao encontro do meu rio,
nadaria no redemoinho de outras águas,
ou alcançaria os indecisos céus nas asas brancas
que se descobrissem por entre ramos que balançassem
e ondulassem êxtases de florestas em liberdade.
Seria cor e seria flor a exalar saudades
entre os verdes e dourados que me doassem.
Seria o universo eterno de mim mesma
e infinitos que vidas me conceder quisessem.