A Voz
 
É... é aquela voz.
A mesma voz
de sempre.
Rouca e tenebrosa
a sussurrar, gemer
e lamuriar:
- Não vai dar certo.
  É o fim e acabou.
 
É... é aquela voz.
A mesma soturna
voz que aponta
a foz do íntimo
para o abismo.
 
Eu cismo em não
 lhe dar razão;
tampo o ouvido.
Desconfio.
 
Acredito
na fresta de luz
que invade a escuridão.
 
E aí
o  sol invade
com seu aro
radiante e a vida
segue em diante.



 
Leonardo Lisbôa.
Barbacena, 30/06/2014
 
Poema para Ange
                       de Lo.
 
Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 25/08/2014
Reeditado em 21/09/2014
Código do texto: T4936818
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.