Bagagens
Aonde o desencanto escorregou seu rastro, lugares impares para contar. Escorando a toda hora, aonde vá a luz, sempre junto à sombra está. Bagagem pesada encurvou o desespero, vazio excesso, expresso em uma ida e volta, procurando o canto que a de deter o andar, acabando o pranto querendo com ele acabar.
A vida ainda me entrega seus dias, após dias eu entrego a minha, de olhar caído, no lago, não vejo reflexos nem com sol e nem com lua; imagens não mais me hipnotizam, eu ando meio dormida, cochilo na esperança que fica, sonhos, ilusões e mentiras.