Venha quando quiser
Venha,
quando quiser,
com tuas mãos viris,
batendo à porta
do meu coração;
venha,
com tuas mãos,
laboriosas,
mas não as quero
nas poesias,
como interpretes
do passado;
venha,
com tuas mãos
sossegadas,
amparando nossas vidas...
apaixonadas;
venha,
com tuas mãos
mornas, suadas,
- desatadas -
para o encontro febril
de nossas almas;
venha,
com tuas mãos
em mim,
sequiosas,
para o embate sem fim
das nossas emoções!