A TREZENTOS POR HORA
(Sócrates Di Lima)
Nas estradas dos meus sonhos,
Corro...
Sem ir embora,
E quando principia a aurora,
Peço socorro,
A Deus,
E vou em busca da minha senhora.
E faço-me rosonho,
Pela busca dos sonhos dela...
Abro o portal do meu dia,
Debruçado á minha janela,
E como um poeta, á poesia,
De um olhar moreno,
Feito a tarde que me abraça.
Na noite que me vigia,
Sem trapaça.
E quando amanheço,
Dou partida na ignição,
na chave dos meus desafios,
Faça calor ou faça frio,
Chuva ou Sol,
Começo o meu arrebol,
Com o sorriso dela me seguindo,
E assim, vou indo,
Trocando as marchas da minha vida.
Enfim, deixo a estrada me levar....
A trezentos por hora,
Mas no amor vou bem devagar,
Para não derrapar,
Nas curvas dessa minha senhora...
E assim nessa minha velocidade,
em busca da felicidade,
Faço do agora a saudade,
Do que ficou para trás,
Nos minutos do meu amanhecer.
Com isto quero e preciso viver,
A doce alegria de um novo amor,
e assim deixo acontecer,
Como o jardim,
Que em mim,
Floresce uma nova flor.
Corro contra tempo,
Porque quero ser feliz,
E fazer feliz quem comigo correr,
Numa mesma direção,
Vivendo o amor na lentidão,
Da velocidade da minha emoção,
sem pudor, sem razão....
vou!
Como agora,
Na estrada dos meus desejos,
Ao seu encontro dela,
A trezentos minutos, por hora.