VENTOS
(Sócrates Di Lima)
Ventos do Norte,
Do Sul,
De Leste a Oeste,
Traz sorte,
No tom azul,
Que veste,
O amor vagante...
Viajantes,
Em corpos de amantes.
Ventos....
que desfolham pensamentos,
Na alma remexem,
Sentimentos.
Ventos que trazem a liberdade,
Criam asas de Condor!
Efêmera felicidade,
Na Côrte do amor.
Ventos...
que libertam os sonhos,
Presos no ontem,
Fazem lábios risonhos,
E sutilmente sacodem,
Os versos perdidos,
Nas poesias do amanhã...
E leva o amor ao divã,
Quando sofre e chora,
Mas agora,
Faz o tom alegre do bem querer,
E como se pode ter,
O amor vem com os ventos!
Abrindo meu Norte,
Na espera do impossivel...
E quando já não se está preso a nada,
Segue os mesmos ventos,
Como folhas soltas do outono,
E se abre ao que pode chegar,
E ir sem partir,
Na promessa de chegar,
sem voltar!
Nas asas do mesmo vento,
Que trouxe um dia,
A poesia,
E a doce loucura do amar.