Na Prisão
todo pária tem na lei sua pátria e morada,
menos eu,
sentenciado,
exilado do silêncio, até da morte
e me confinaram
à ausência dos sonhos
entre pedras que quebram o tempo e as celas
mas ainda vago entre escombros do desatino,
e colherei limões e subirei palmeiras
e cantarei a mim, dentre tantos ombros