ASAS FALANTES

Asas que pousam na minha janela
mostrando por ela em voos, rabiscos
e traçam em riscos o mundo lá fora
contando histórias falando de amores

Asas que abrem a minha janela
pro sol da manhã varar os postigos
proseando comigo na língua das cores
matando á míngua um silêncio antigo

E nas reculutas de pastoreio alado
em que letras xucras vem brincar de rês
formatas um sol de rebanho alumbrado
pra o turvo do saber alvorecer de vez     
      

Benditas as aves de asas falantes
que plantam sementes colhidas do céu
regando jardins com dedos e palmas
orvalhando almas, descortinando véus

Benditas sois vós. oh asas de bocas
que te agitas em guizo querendo voar
me leva contigo pra o mundo das vozes
voaremos velozes na linguagem do olhar


mensagem aos intérpretes da linguagem brasileira de sinais de sinais LIBRAS.

Cesar Tomazzini
Enviado por Cesar Tomazzini em 25/08/2014
Reeditado em 23/09/2023
Código do texto: T4936038
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