A VERDADE?

A verdade,

Onde está a verdade?

Estará enredada

Nesse novelo tão enleado,

Em que já não se encontra a ponta

Da embrulhada meada?

A verdade, por favor, a verdade.

Porque tão assustadoramente escondida?

O que há atrás da intransponível parede,

Onde sussurram bichos noturnos?

Quanto ganham por esconder a verdade,

Esta tão antiga e descuidada?

Em que cova a esconderam,

Sete palmos de mentira

Enganando inocentes criaturas.

Saiam, desapareçam, escondam suas caras sujas,

Coveiros imundos de estercos.

Desatem os nós, quebrem a laje,

Deixem que suspire a verdade,

em ultima tentativa de sobrevivência.

Desapareçam com a mentira

E permitam que os puros falem.

Não quero cama de campanha

Em insanas lutas de batalhas inventadas.

Quero a vala, onde possa acender o cigarro

E, com ele, o estopim da última bomba!

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 24/08/2014
Código do texto: T4935730
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