A VERDADE?
A verdade,
Onde está a verdade?
Estará enredada
Nesse novelo tão enleado,
Em que já não se encontra a ponta
Da embrulhada meada?
A verdade, por favor, a verdade.
Porque tão assustadoramente escondida?
O que há atrás da intransponível parede,
Onde sussurram bichos noturnos?
Quanto ganham por esconder a verdade,
Esta tão antiga e descuidada?
Em que cova a esconderam,
Sete palmos de mentira
Enganando inocentes criaturas.
Saiam, desapareçam, escondam suas caras sujas,
Coveiros imundos de estercos.
Desatem os nós, quebrem a laje,
Deixem que suspire a verdade,
em ultima tentativa de sobrevivência.
Desapareçam com a mentira
E permitam que os puros falem.
Não quero cama de campanha
Em insanas lutas de batalhas inventadas.
Quero a vala, onde possa acender o cigarro
E, com ele, o estopim da última bomba!