A DOR DO POETA
A dor que o poeta sente
É uma dor diferente
Da profundeza da alma
Que até ultrapassa a mente
Sofre na monotonia
De um amor que vive ausente
A dor que o poeta sente
Dói destruindo a razão
Penetra como uma flexa
Perfurando o coração
È dor que dói sem a cura
Da fúria de uma paixão
A dor que o poeta sente
Doi mesmo sem piedade
Contrariando o bom senso
Vai de encontro a verdade
Dor de poeta é somente
O suplício de uma saudade
A dor que o poeta sente
Não é dor material
Não tem remédio que cure
Seu sofrer não tem igual
O poeta é um fingidor
Da dor que lhe causa mal
A dor que o poeta sente
Não precisa anestesia
Dói de manhã e de noite
Persiste por todo dia
Porque a dor do poeta
Se cura com poesia.
(Josias Teles)