Onde?
Onde me curar
Da minha voz que se esconde
Desse suspiro apressado
Dessa neblina que me brinda com a insanidade
Ao conhecer tua partida?
Onde questionar
E pra quem que não seja você
Sobre a utilidade desse sentimento
Que não para de germinar
Desde o vulcão que nos fez amantes?
Onde me vingar
Da inabilidade de te domar
Do meu tato não ter garras para te prender
Desse luar que só sabe testemunhar
Você partir sem trilhos para eu te seguir?
Onde hibernar
A memoria do tempo que ardi sem me causticar
Esse cheiro que grafaste em meu corpo
O eco do teu delicioso verbo
E essa minha vontade de te esperar?