Onde?

Onde me curar

Da minha voz que se esconde

Desse suspiro apressado

Dessa neblina que me brinda com a insanidade

Ao conhecer tua partida?

Onde questionar

E pra quem que não seja você

Sobre a utilidade desse sentimento

Que não para de germinar

Desde o vulcão que nos fez amantes?

Onde me vingar

Da inabilidade de te domar

Do meu tato não ter garras para te prender

Desse luar que só sabe testemunhar

Você partir sem trilhos para eu te seguir?

Onde hibernar

A memoria do tempo que ardi sem me causticar

Esse cheiro que grafaste em meu corpo

O eco do teu delicioso verbo

E essa minha vontade de te esperar?

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 24/08/2014
Código do texto: T4935111
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