MORTE EM VIDA

MORTE EM VIDA

Lá vai ele sozinho

Caminhando pela noite

Sem cerveja, sem vinho

Apenas do vento o açoite

Caminha sem direção

Já não importa o destino

Aquele que era menino

Agora é ancião

Vai a busca do nada

E do lugar algum

É apenas um nenhum

Em solitária caminhada

Não tem pressa alguma

Sabe bem pr'onde ruma

Pra morte morrida

Já que não tem mais vida

A passos compassados

Recorda o passado

Acabado presente

Futuro ausente

Adeus vida vivida

Adeus passagens vividas

Alo deuses e diabos

Eis que chega o fracassado

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 22/08/2014
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